domingo, 2 de dezembro de 2007

Encosta-te a mim (Jorge Palma)



Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Nós já vivemos 100 mil anos
Encosta-te mim
Talvez eu esteja exagerado
Encosta-te a mim
Dá cabo dos teus desenganos
Não queiras ver quem eu não sou
Deixa-me chegar
Chegar da guerra
Fiz tudo para sobreviver
Em nome da terra
No fundo para te merecer
Recebe-me bem
Não desencantes os meus passos
Faz de mim o teu herói
Não quero adormecer
Tudo o que eu vi
Estou a partilhar contigo
O que não vivi
Hei-de inventar contigo
Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
Mas quero-te bem
Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Desatinamos tantas vezes, vizinha de mim
Deixa ser meu, o teu quintal
Recebe esta pomba
Que não está armadilhada
Foi comprada foi roubada
Seja como for
Eu venho do nada
Porque arrasei o que não quis
Em nome da estrada
Onde eu quero ser feliz
Enrosca-te a mim
Vai desarmar a flor queimada
Vai beijar o homem bomba
Quero adormecer
Tudo o que eu vi
Estou a partilhar contigo
O que não vivi
Hei-de inventar contigo
Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
Mas quero-te bem
Encosta-te a mim
Encosta-te a mim
Quero-te bem

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